Nosso corpo sempre vai buscar o equilíbrio. Chamamos este equilíbrio, de homeostase. Tudo o que gera, de maneira sequencial, a quebra da homeostase, acaba gerando um processo adaptativo. Esta é a base de um fenômeno conhecido como supercompensação.

 

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A supercompensação é um fenômeno adaptativo e que é a base da síndrome de adaptação geral.

O que é supercompensação?

 

Primeiramente, veja esta imagem.

 

supercompensação fenomeno

Vou exemplificar o processo de supercompensação.

Quando você estimula seu corpo, através de um treino, gera um processo de exaustão e de quebra de homeostase. O corpo precisa recuperar tanto as vias energéticas, como as fibras musculares, tendões e outros elementos presentes no treino.

O corpo, após o treino, vai entrar em um processo bastante acelerado de regeneração. Afinal, ele quer, o mais rápido possível, regenerar o estado de homeostase. Dependendo da intensidade de seu treino, esta fase pode variar em termos de duração.

Porém, o corpo não apenas regenera tudo o que foi impactado pelo treino. Para que haja uma adaptação mais adequada, o corpo recupera as vias energéticas e outras estruturas, mas em um nível acima do que aquele que tínhamos antes do estímulo.

Desta maneira, se um novo estímulo for implementado, na fase em que o corpo atinge o “topo” da curva de supercompensação, teremos um desenvolvimento otimizado.

Na imagem, é possível ver na curva que precisamos de um estímulo aproximadamente, no ponto onde temos a parte mais alta da curva.

Se não houver um novo estímulo neste ponto, teremos uma involução, voltando ao ponto que estávamos antes do treino.

Ou seja, os treinos feitos neste ponto, não serviram para nada. Por isso, na periodização para musculação,  ou para qualquer outro esporte ou objetivo, precisamos tanto da continuidade.

Basicamente, estou resumindo em algumas poucas palavras, um processo altamente complexo e que tem influência de inúmeros fatores. Por exemplo, a supercompensação não terá o mesmo efeito, se tivermos uma alimentação adequada ou você não dormir o suficiente.

Além disso, não há formas muito fáceis e simples de sabermos quando é o ponto mais alto da curva de supercompensação. Aqui, o feeling do treinador é fundamental, além da continuidade e constância nos treinamentos.

Como usar a supercompensação de maneira inteligente em seu treino

Há inúmeros fatores ligados a questão da supercompensação. Em seu treino, ela vai impactar diretamente nos resultados. Mas isso não aplica apenas a musculação. Qualquer esporte ou prática física, precisa levar em conta a supercompensação. Já falei sobre isso, por exemplo, neste artigo sobre periodização para corrida de rua.

A supercompensação é a base do treinamento esportivo.

Ela precisa ser vista sob diferentes cenários. Por exemplo, você regenera toda a questão bioenergética, em algumas horas após o treino. Porém, seus músculos, tendões e sistema nervoso central, demoram muitas vezes, vários dias, para que estejam totalmente recuperados.

Não temos como trabalhar com o conceito de supercompensação de uma forma linear.

Há inúmeros fatores que podem interferir nisso.

 

Como fazer então?

 

Primeiramente, tenha uma boa periodização. Sem ela, não teremos como analisar a supercompensação de forma eficiente.

Depois, é fundamental que você pense em sua rotina, alimentação, histórico de treinamento e condicionamento físico atual. Afinal, um iniciante demora mais tempo para se recuperar de um treino, quando comparado a uma pessoa bem treinada.

Resumindo, sem o acompanhamento de um bom profissional, não teremos como ter resultados acima da média.

 

A supercompensação é uma das bases para o treinamento, independentemente de qual seu objetivo ou método de treino.

 

Bons treinos!

 

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