estímulos metabólicos e tensionais

Sempre que monto minhas consultorias, penso nos estímulos que estarei utilizando com cada caso. Dentro de cada individualidade, de cada objetivo, preciso encontrar estratégias para que tenhamos melhores resultados. Neste sentido, o conceito de estímulos metabólicos e tensionais é algo que eu gosto muito de usar. Entender o conceito é importante para que possamos ter melhor como agem os estímulos.

Mas de forma geral, já quero te dizer que na musculação, não existe isso de estímulo tensional e metabólico puramente. Como assim? Um treino jamais será puramente metabólico ou tensional. Não tem como. Contração muscular envolve elementos metabólicos, síntese e re-síntese de ATP, vias energéticas e muito mais. Além disso, a contração muscular, por si só, sempre será tensional também, com aumento e redução constante da tensão das fibras.

 

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Mas então, por que eu e outros profissionais falam em estímulos metabólicos e tensionais? Por uma simples razão: didática. Imagine explicar tudo o que citei acima, de vias metabólicas e tudo mais para um leigo? Difícil, não é?

Assim, usamos os temos estímulos metabólicos e tensionais para tornar o entendimento da prioridade dos estímulos. Vamos então falar mais sobre este conceito?

 

O que são estímulos metabólicos e tensionais?

 

Vou tentar simplificar os termos, sem perder o conceito técnico científico. Quando usamos um treino com estímulos metabólicos como prioridade, aumentar a capacidade metabólica do corpo. Para isso, usamos algumas variáveis adaptadas, como:

– Maior número de repetições;

– Intervalos de descanso mais curtos (entre 30 segundos e 1 minuto)

– Menos carga;

– Prioridade em exercícios multiarticulares;

Estas são as variáveis mais comuns de serem adaptadas. Podemos alterar a cadência dos movimentos, o número de séries e muitos outros elementos, quando visamos um treino com características mais metabólicas.

 

estímulos metabólicos e tensionais

 

No caso do treino com estímulos tensionais, temos algumas características específicas também. As principais delas são:

– Menos repetições;

– Mais carga;

– Intervalos de descanso mais longos (de 1 a 2 minutos).

– Alternância entre exercícios multiarticulares e monoarticulares.

Da mesma maneira que acontece nos estímulos tensionais, podemos alterar diversos outros elementos para alcançar um estímulo prioritariamente tensional.

O conceito básico é este. Não é tão complexo, não é?

A sua aplicação que se torna mais complexa. Cada fase, cada período, cada treino, precisa ser pensado de acordo com estas prioridades.

 

Estímulos metabólicos e tensionais, quais os melhores para a hipertrofia?

 

Depende. Ambos, quando aplicados da forma correta, geram hipertrofia. Porém, o que traz resultados de verdade, é a correta combinação de ambos. Sim, existem momentos em que devemos ter treinos com mais características tensionais e em outros momentos que devemos ter mais características metabólicas. Além disso, se você treinar até a falha, também terá questões individuais envolvidas!

Mas como saber qual o momento correto de utilizar cada um deles? Simples, com uma boa periodização para musculação!

Na periodização, poderemos definir, de forma muito mais efetiva, onde podemos usar cada tipo de estimulo. Isso tudo, baseado em estratégias, que respeitem a individualidade de cada um.

 

Leia também: Treino de hipertrofia para pernas, exercícios e métodos!

 

Por exemplo, usamos mais estímulos tensionais nos períodos em que visamos o aumento da força máxima. Já nos momentos em que queremos uma melhora da resistência de força, resistência muscular localizada ou dos componentes dos processos lipolíticos, usamos mais estímulos metabólicos.

Mas isso aqui não é via de regra. Tudo depende de uma série de fatores, que serão levados em conta, na montagem da periodização.

Existem, por exemplo, períodos em que alternamos estes estímulos. Podemos tanto usar treinos metabólicos, seguidos de tensionais, ou ainda, usá-los de forma alternada, no mesmo treino.

 

Estímulos tensionais e metabólicos na prática

 

Existem diferentes formas de usar os estímulos tensionais e metabólicos. Para tornar mais claro, vou dar um exemplo prático. Imagine que em sua periodização, você tem de alternar os estímulos em um mesmo treino.

Você pode executar um determinado exercício, com todas as suas séries com um foco. Por exemplo, imagine que em seu treino, há 3 séries de agachamento livre e 3 de levantamento terra, em sequência. Podemos tanto usar as 3 séries de agachamento com foco nos estímulos tensionais e as 3 de levantamento terra com foco em metabólicos, como alternar no mesmo exercício.

As combinações de estímulos tensionais e metabólicos são praticamente infinitas. Cabe ao seu treinador, entender o processo como um todo e encontrar as melhores estratégias.

Veja que treino é algo complexo, que envolve diferentes variáveis e contextos. Não deixe seu corpo aos cuidados de quem não leva isso a sério. Bons treinos!

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